Tecnologia na Educação 2025: uma retrospectiva dos avanços da conectividade escolar
- MegaEdu

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Políticas públicas fortalecidas, expansão no território e presença ativa da MegaEdu marcaram o ano em prol da conectividade na educação pública.
Em 2025, o Brasil deu passos decisivos rumo à universalização. A combinação entre políticas públicas robustas, novas ferramentas de monitoramento e investimentos estruturantes acelerou a chegada da internet adequada a milhares de escolas públicas.
Só no último semestre, tivemos o marco de 2 anos de ENEC, o lançamento do Painel de Conectividade, a definição dos Parâmetros INEC, avanços no Programa Aprender Conectado e imersão .
A MegaEdu esteve presente em todas essas frentes, desde o debate público e a colaboração com redes até a implementação direta no território, contribuindo para transformar a infraestrutura e ampliar o acesso à internet com propósito pedagógico.
A seguir, reunimos os marcos que definiram o ano e projetam os passos rumo à universalização, com dados ainda mais potentes no cenário.
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Dois anos de ENEC
Desde sua consolidação como política nacional em 2023, a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (ENEC) se tornou o grande eixo estruturante da agenda de conectividade escolar no Brasil, e este ano completou 2 anos desde seu lançamento, mostrando impactos como:
68,4% das escolas públicas já com condições adequadas de conectividade para uso pedagógico (energia, internet e Wi-Fi);
19,4 mil escolas com potencial de atendimento pelo Fust, considerando todas as modalidades;
Mais de 102 mil escolas beneficiadas pela Piec 2024, garantindo continuidade e contratação de conectividade em escala;
47% da execução dos recursos da Lei 14.172, agora alinhada aos parâmetros técnicos nacionais.
A ENEC organizou parâmetros, classificou escolas e criou governança unificada. De acordo com o Balanço ENEC, publicado pela MegaEdu, o segundo ano representou a consolidação da estratégia com aceleração da execução financeira, fortalecimento da governança entre MEC, MCom, FNDE, Anatel e redes estaduais e municipais.
Ao mesmo tempo, a análise evidencia os próximos desafios: ampliar a disponibilidade de dispositivos (ainda adequada em apenas 38% das escolas), garantir perenidade após 2026 e acelerar a redução das desigualdades regionais.
O Balanço reforça que a universalização é possível: o país está na direção certa, desde que mantenha coordenação, eficiência e foco no uso pedagógico da conectividade.
Transparência e governança
Em 2025, a ENEC deu um salto decisivo na transparência e no monitoramento das políticas de conectividade com o lançamento de duas ferramentas complementares que orientam gestores federais, estaduais e municipais por meio de dados confiáveis.
Painel Escolas Conectadas
Lançado pelo MEC em comemoração aos 2 anos da ENEC, o painel consolida informações de todas as políticas que da estratégia, como o Aprender Conectado, Fust, Piec e Lei 14.172, organizadas por estado, município e escola. Ele permite visualizar, em um só ambiente:
A situação de energia, internet e Wi-Fi de cada escola;
A evolução da conectividade ao longo do tempo;
Lacunas estruturais por território;
Fluxos de execução das políticas e etapas pendentes;
Classificação das escolas segundo os parâmetros técnicos nacionais.
Essa visão integrada fortalece a governança, orienta a investimentos e evita sobreposições entre programas, que é um dos grandes desafios da agenda de conectividade.
Indicador Nacional de Escolas Conectadas (INEC)
Pela primeira vez, o Brasil passou a contar com um indicador único e robusto capaz de medir, de forma padronizada, a qualidade da conectividade escolar. Ele considera três elementos essenciais para o uso pedagógico:
Energia elétrica adequada;
Velocidade mínima de internet por aluno;
Cobertura e qualidade do Wi-Fi dentro das escolas.
Ao combinar essas variáveis, o INEC oferece uma leitura objetiva da situação de cada escola e permite comparações nacionais, regionais e municipais. Essa métrica também é a base para monitorar o avanço rumo à universalização, orientar a classificação das escolas e identificar onde a implementação ainda não atende aos padrões nacionais.
Por que essas ferramentas importam?
Juntas, representam uma virada de chave na política pública:
Aumentam a transparência e a accountability;
Permitem ajustes rápidos na execução;
Orientam redes e gestores no planejamento técnico e financeiro;
Sustentam o monitoramento contínuo da conectividade escolas.
Aprender Conectado
Outro pilar fundamental da agenda de conectividade escolar é o Programa Aprender Conectado. Executado pela Eace, o programa foi desenhado para levar internet de alta velocidade justamente às escolas que historicamente ficaram fora dos grandes investimentos, como as unidades rurais, indígenas, quilombolas, ribeirinhas e em áreas de difícil acesso.
Em 2025, o programa acelerou sua execução e ultrapassou a marca de 10.835 escolas atendidas, somando o Projeto Piloto e as primeiras fases já concluídas. O avanço representa muito mais do que instalação de redes: significa garantir energia adequada, conexão de qualidade e Wi-Fi interno capaz de sustentar o uso pedagógico da tecnologia.
A Fase 5, lançada em 2025, marca uma nova expansão com cerca de 16 mil escolas desconectadas que têm previsão de atendimento, segundo a lista preliminar divulgada pela Eace. Essa fase mira, de forma direta, o coração das desigualdades territoriais do país, levando internet a locais em que ela nunca havia chegado e reduzindo lacunas históricas de acesso.
Ao final das cinco fases previstas, o Aprender Conectado deve alcançar 40 mil escolas, conectando cada uma delas por fibra óptica, satélite ou soluções híbridas, conforme a realidade de cada território.
É um avanço estrutural: a conectividade deixa de ser privilégio concentrado nas regiões mais desenvolvidas e passa a se consolidar como direito garantido para todos os estudantes, em todas as escolas do Brasil.
Política pública na prática
Parte das conquistas de 2025 foi viabilizada com o apoio técnico da MegaEdu a estados e municípios, por meio de diagnósticos, planejamento estratégico, governança e implementação das políticas de conectividade.
O trabalho no território foi fundamental para que iniciativas estruturantes chegassem efetivamente às escolas e aos estudantes.
Entre os destaques:
Goiás: universalização com 100% das escolas estaduais conectadas, consolidando uma política estadual robusta;
Alagoas: entrega de 33 mil computadores e R$ 100 milhões em investimentos em infraestrutura digital, viabilizados com suporte técnico e articulação;
Amazonas: avanço histórico de 23,6% para 49,2% de escolas conectadas, incluindo escolas ribeirinhas e indígenas;
Distrito Federal: lançamento do Plano Diretor de Conectividade, referência nacional em governança;
Rio Grande do Sul: reconstrução da infraestrutura de conectividade em 15 municípios afetados pelas enchentes, mostrando como política pública, parceria e presença técnica podem transformar crises em oportunidades de fortalecimento da conectividade escolar.
Parte desses avanços também foi possível graças ao fortalecimento de parcerias e investidores sociais que ampliaram o alcance da MegaEdu em territórios específicos, permitindo que a transformação digital chegasse a mais escolas e estudantes.
Essas articulações viabilizaram projetos locais com foco em conectividade, governança e uso pedagógico da tecnologia, como:
Instituto Ultra
Apoio à transformação digital em Santos (SP), São Luís (MA), Ipojuca (PE) e Barcarena (PA), com mapeamento robusto das escolas, elaboração de planos estratégicos e fortalecimento das Secretarias de Educação;
Instituto Cyrela
Fortalecimento da conectividade e da inclusão digital na Escola Estadual Maria Jovita, em Ermelino Matarazzo (SP), integrando infraestrutura, equipamentos e uso pedagógico da tecnologia.
BNDES
Parcerias voltadas ao avanço da conectividade escolar e ao fortalecimento das redes públicas por meio de iniciativas estruturantes em locais como Goiás, Alagoas, Amazonas, e outros.
UK-Brazil Tech Hub
Financiamento e articulação internacional para reconstrução da conectividade em 15 municípios do Rio Grande do Sul, garantindo soluções sustentáveis para escolas afetadas pelas enchentes.
Juntas, essas iniciativas mostram como a combinação entre política pública, presença técnica e investimento social estratégico transforma diretrizes nacionais em resultados reais no território — conectando escolas, fortalecendo redes e ampliando oportunidades digitais para milhões de estudantes.
MegaEdu no debate da universalização
Além de implementar políticas públicas, é preciso construir debates para consolidar melhorias no setor. Visto isso, a MegaEdu esteve presente nos principais fóruns nacionais e internacionais sobre conectividade e transformação digital na educação, levando evidências do território, análises técnicas e experiências das redes parceiras, com o objetivo de consolidar a conectividade significativa como prioridade nas políticas educacionais.
Entre os destaques do ano, tivemos:
Rio Innovation Week: Cristieni Castilhos reforçou a importância de democratizar o acesso à tecnologia e garantir que a inovação não seja privilégio de poucos;
Jornada Bett Nordeste: Thomaz Galvão debateu desafios e soluções para ampliar inclusão digital, infraestrutura e formação em habilidades digitais nas redes públicas.
Futurecom 2025: A MegaEdu destacou que conectividade precisa vir acompanhada de dispositivos adequados para desenvolver habilidades digitais essenciais.
Imersão na Índia: A MegaEdu participou de agenda em Bangalore, com MGI, MEC, Fundação Lemann e COSS, trazendo aprendizados sobre infraestrutura digital e gestão educacional para ampliar conectividade e reduzir desigualdades.
A presença nesses espaços reforça o compromisso da MegaEdu em transformar dados, evidências e parcerias em políticas públicas e ações que garantam tecnologia como direito de todos os estudantes.
Desafios e objetivos para 2026
Apesar dos avanços expressivos em 2025, ainda existem desafios fundamentais para que a conectividade se traduza em aprendizagem significativa:
Equidade territorial: atenção especial a escolas remotas, rurais, indígenas e vulneráveis;
Uso pedagógico: integração da tecnologia ao currículo e formação docente contínua;
Sustentabilidade: manutenção da infraestrutura e continuidade das iniciativas após 2026;
Governança e transparência: monitoramento permanente das redes para decisões mais eficientes.
Sistemas de gestão: fortalecimento e apoio a secretarias e escolas na organização e acompanhamento de demandas.
A MegaEdu segue comprometida em apoiar políticas públicas, redes de ensino e escolas, garantindo que cada estudante tenha acesso à internet de qualidade e a oportunidades digitais concretas.
O ano de 2025 mostrou que, quando políticas são estruturantes, os dados são transparentes e os territórios recebem apoio técnico, garantindo que a conectividade deixa de ser promessa e se torna realidade.
Seguimos conectados com quem faz a educação avançar. Vamos juntos rumo à universalização!




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